O Instituto COMAR surgiu da idealização de um grupo de biólogos que viram a necessidade de reunir esforços não governamentais às ações de uso sustentável dos ecossistemas e da biodiversidade marinha. Somos uma organização brasileira sem fins lucrativos, que trabalha com a conservação da natureza atuando em conjunto com a sociedade e parceiros.
INICIATIVAS
Participação nas Políticas Públicas: Prestamos muita atenção no uso sustentável dos recursos naturais e visando colaborar com as políticas públicas para o desenvolvimento sustentável, participamos de fóruns de discussão locais e regionais, reuniões com grupos organizados da sociedade, comitês e consultas públicas. Acreditamos que as organizações são uma via para fortalecer políticas do Estado. Participamos nas oficinas de planejamento espacial para conservação de espécies marinhas ameaçadas no corredor sudeste e sul brasileiro, assim como nas avaliações das espécies ameaçadas a nível nacional (Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Peixes.1), do estado de Santa Catarina (II Fórum de discussão sobre as espécies da fauna ameaçadas ocorrentes em Santa Catarina) e do estado do Espírito Santo (Fauna e Flora ameaçadas de extinção no estado do Espírito Santo. Capítulo 11: Peixes ameaçados no Espírito Santo - Peixes Marinhos).
Ecoturismo: Visamos promover a integração da comunidade com seu ambiente de entorno, na perspectiva de conservá-lo, através do desenvolvimento do ecoturismo e educação ambiental, criando uma alternativa de renda que integra desenvolvimento econômico local, conservação ambiental e cultural. Através do projeto Turismo ecológico e geração de trabalho e renda no Parque Estadual Acaraí, realizamos um programa de estruturação das trilhas e a formação de guias locais para atuarem na área do Parque Estadual Acaraí, em São Francisco do Sul (SC).
Gestão de resíduos sólidos: Através de ferramentas participativas de educação ambiental, o projeto Atitude - Subsídios para gestão de resíduos sólidos através de atividades de conscientização ambiental e o projeto Atitude e Ações Ambientais, tem como objetivo tratar as questões do consumo consciente e o descarte correto de resíduos sólidos. Estes projetos abordam a sociedade como um todo, crianças jovens e adultos, através de ferramentas participativas, desenvolvendo e apresentando alternativas para lidar com os resíduos sólidos. Estas iniciativas deram base para a criação da RELIVE, que busca conscientizar as pessoas através de produtos confeccionados com resíduos sólidos retirados de ecossistemas marinhos (ex. praias), trabalho desenvolvido pelo biólogo MSc Thiago Felipe de Souza. O projeto Pesca fantasma em recifes rochosos de Santa Catarina: Causas, ocorrência e impactos, e o projeto Monitoramento da ocorrência de pesca fantasma por redes de emalhe nos costões rochosos da REBIO Marinha do Arvoredo/SC, lidaram especificamente com a questão dos resíduos marinhos oriundos da atividade pesqueira, foram fundamentais na publicação de um artigo científico no Jornal Brasileiro de Oceanografia (Abandoned, lost or otherwise discarded fishing gears in rocky reefs of Southern Brazil).
Conservação de manguezais: A Baia da Babitonga sustenta uma grande área de mangue, que diariamente sofre algum tipo de agressão. Pensando nisso surgiu o projeto Repórter Ambiental – Manguezais, que teve como objetivo implementar uma estratégia diferenciada de educação ambiental não formal nas escolas públicas de São Francisco do Sul (SC), aliando ferramentas de educomunicação para mobilizar e a conscientizar a comunidade local sobre a importância os mangues para à sociedade. A maior parte da área de mangue da Babitonga está no município de Joinville, a maior cidade do estado de Santa Catarina, isso representa que o município possui grande responsabilidade na manutenção deste ecossistema para a região. Aliado aos objetivos do projeto Repórter Ambiental – Manguezais, em 2011, iniciamos o projeto SOS Manguezais, realizando um extenso estudo dos impactos realizados nos mangues de Joinville. Esse primeiro passo foi importante para conhecer os desafios para a conservação do ecossistema e buscar por soluções, assim iniciamos trabalhos de educação ambiental, instalação de placas de aviso para a proteção, canais para denúncias, participando de reuniões em centros comunitários e órgãos públicos.
Conservação de espécies ameaçadas: A biodiversidade marinha sofre constantemente impactos, diretos e indiretos, das várias atividades humanas. O Projeto Under The Sea visou a conservação das tartarugas marinhas que utilizam a Reserva Marinha Biológica do Arvoredo como áreas de alimentação, através do método de foto identificação das placas faciais e educação ambiental direcionado à mergulhadores autônomos. Os resultados deste projeto podem ser utilizados em futuros trabalhos para a conservação, publicados pelo coordenador do projeto: Foto-identificação de tartarugas marinhas (Chelonia mydas e Eretmochelys imbricata) na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (Santa Catarina, Brasil). Somos o ponto focal do projeto Meros do Brasil em Santa Catarina.
Bioinvasão: Realizamos atividades de campo em diversos pontos do litoral brasileiro, principalmente no litoral dos estados do Paraná e de Santa Catarina. Entre os vários objetivos destes campos, nossa equipe fica atenta aos organismos bentônicos (ex. corais) e nectônicos (ex. peixes), visando registrar/coletar espécies invasoras. Nestes últimos anos participamos do registro de duas espécies de invertebrados marinhos, que foram publicadas em periódicos científicos, sendo uma espécie de coral sol e uma espécie de ofiuro (Ophiothela cf. mirabilis). Além destes invertebrados, foram registrados e publicados a ocorrência de cinco peixes invasores (Plectorhinchus macrolepis, Pomacanthus maculosus, Heniochus acuminatus, Chromis limbata e Butis koilomatodon). Informações básicas como estes registros são importantes para o acompanhamento da invasão ao longo do espaço e tempo, principalmente para subsidiar ações para combater que estas espécies se estabeleçam.
EQUIPE
DOUGLAS MACALI SOUZA
Biólogo, especialista em Manejo e Conservação da Biodiversidade e Mestre em Saúde e Meio Ambiente. Atua na administração, recursos humanos, captação de recursos, gerenciando projetos e equipes. Participa das atividades de educação ambiental.
JOHNATAS ADELIR ALVES
Biólogo, com especialização em Biologia da Conservação, mestre em Ecologia e doutor em Ciências Biológicas (Zoologia). Contribui com a criação, planejamento, gestão e execução de projetos de pesquisa e socioambientais.
LEONARDO SCHLÖEGEL BUENO
Biólogo, mestre em Sistemas Costeiros e Oceânicos e doutor em Oceanografia Ambiental. Coordena e atua em diversas frentes do Projeto Meros do Brasil, no ponto focal sul (Paraná e Santa Catarina).
DIOGO AUGUSTO MOREIRA
Biólogo, com especialização em Biologia da Conservação e mestre em Saúde e Meio Ambiente. Atua na administração, relações institucionais e captação de recursos. Participa das atividades de educação ambiental e colabora nos projetos de pesquisa e mergulho científico.
THIAGO FELIPE DE SOUZA
Biólogo, com mestrado em Saúde e Meio Ambiente. Atua em projetos de pesquisa e conservação de tartarugas marinhas, poluição marinha e educação ambiental. Mergulhador científico e contribui com a execução de projetos socioambientais.